Agenersa na Rua: Fiscais apuram vazamento de esgoto na Baixada uma hora após reportagem

Agenersa na Rua: Fiscais apuram vazamento de esgoto na Baixada uma hora após reportagem na TV

Uma equipe de fiscais da Agenersa esteve no início da tarde desta sexta-feira (19/05) no bairro Km 32 em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, para apurar uma denúncia de vazamento de esgoto exibida na imprensa. Apenas uma hora depois da exibição da reportagem, servidores da Ouvidoria e da Câmara de Saneamento (Casan) da Agenersa  já estavam no local verificando as dimensões do problema e possíveis causas.

Técnicos da Casan identificaram uma interligação irregular entre as redes de coleta de esgoto e de águas pluviais. Verificaram ainda que uma obstrução da galeria de águas da chuva estava provocando a volta do esgoto para as ruas. Com o bloqueio, uma bomba que leva o esgoto para uma estação de tratamento local ficou impedida de operar. Moradores dizem que, em dias de chuva, as casas são invadidas.

Apesar dos transtornos, até hoje, os moradores não tinham registrado nenhuma reclamação sobre o assunto na Ouvidoria da Agenersa. Após solicitação do órgão regulador, a concessionária Águas do Rio enviou uma equipe com um equipamento de sucção para drenar o esgoto acumulado.

Informações preliminares colhidas no local pela equipe de pronto atendimento da agência indicam que a rede de esgoto no bairro foi construída e era operada pelo município. A Agenersa instaurou um processo regulatório para apurar responsabilidade e irá solicitar esclarecimentos à concessionária Águas do Rio sobre o atendimento na região. Num primeiro momento, a empresa afirmou que, nos documentos repassados pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) durante o período de transição, não foi informada da existência dessa rede de esgoto. Por isso, para confirmar os relatos, a agência também  enviará um ofício à Cedae, que atendia o município até novembro de 2021.

A agência pedirá ainda a colaboração da prefeitura de Nova Iguaçu com informações que possam ajudar na apuração. Caso sejam identificadas irregularidades, a concessionária poderá sofrer punições após processo regulatório com direito a contraditório e ampla defesa, conforme previsto no contrato de concessão.

A vistoria foi mais uma ação do programa Agenersa na Rua, criado para apurar com rapidez situações de emergência e ocorrências que provoquem transtornos a uma grande parte da população. O programa conta com quatro Equipes de Pronto Atendimento, que são deslocadas para as ruas onde os problemas acontecem. Os grupos foram divididos nas seguintes áreas: Baixada Fluminense, São Gonçalo, Capital e Áreas de Comunidades. Sob coordenação-geral da ouvidora da Agenersa, Michele Lopes, os grupos são formados por 11 servidores das câmaras de Saneamento e de Resíduos Sólidos (Cares) e da Ouvidoria.